Nota do CDH sobre violência policial no Carnaval de Joinville

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Nota do Centro dos Direitos Humanos Maria da Graça Bráz em relação a violência policial no Carnaval de Joinville, em 2020.

Na madrugada de sábado para domingo, durante a brincadeira do povo de Joinville no carnaval, organizado pela Liga das Escolas de Samba de Joinville, com o apoio da Prefeitura de Joinville, ficou marcada por mais uma violação de direitos humanos nas ações da guarda municipal do prefeito Udo Dohler (MDB) e da polícia militar do governador Moisés (PSL)

Por volta da 00:50, uma briga isolada não foi resolvida com medidas seguranças por parte da Guarda Municipal de Joinville e Polícia Militar. As bombas e os tiros de balas de borracha foram disparadas contra crianças e idosos, assim como muitos jovens que brincavam e jogavam na Avenida Beira Rio.

Os participantes da festa que pediam calma para os aparelhos repressivos do Estado foram recebidos com ofensas verbais, bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha em diferentes partes dos seus corpos.

No palco principal, local que as baterias das escolas tocavam as crianças das escolas de samba inalaram gás lacrimogêneo e passaram mal. Os relatos dos e das nossas associados, presentes no evento, são de muito desespero e medo gerando um corre corre motivado pela violência estatal.

O CDH, Centro dos Direitos Humanos Maria da Graça Bráz, entende o carnaval como uma festa popular. É brincadeira. É um jogo de todos e todas que tomam as ruas para marcar a alegria como uma expressão das vidas de muita luta por sobrevivência em mundo cada mais duro. O lazer e a diversão são direitos humanos, sendo o carnaval a mais forte marca do nosso povo.

Por isso, não é mais possível aceitar os cortes de recursos públicos para garantir a diversão do povo. E não é mais possível aceitar a violência estatal contra a classe trabalhadora e a sua diversão.

O CDH exige que as responsabilidades daqueles policiais que agrediram e excederam seu papel de oferecer segurança à população sejam identificadas e punidas.

Em defesa do direito humano ao lazer e a diversão!
O carnaval é festa do povo!
Udo e Moisés são inimigos dos direitos humanos!

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