O MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DE GOIÁS – MNDH-GO e o PROJETO SEMENTES DE PROTEÇÃO DE DEFENSORES E DEFENSORAS DE DIREITOS HUMANOS DE GOIÁS, vêm a público, por sua Coordenação Estadual, manifestar sua indignação pelo indiciamento do Policial Rodoviário Federal Fabrício Rosa pela PRF em razão de ter criticado o órgão no artigo Lição de Tortura publicado pela Revista Piauí em 27/05/2022 escrito por ele, Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima. O artigo analisava a morte por asfixia de Genivaldo Santos em uma viatura da PRF ocorrida em 25 de maio, ele foi trancado por três policiais no porta-malas e forçado a inalar gás lacrimogêneo.
O argumento pelo indiciamento é de que Fabrício Rosa, Policial Rodoviário Federal, comprometeu a imagem e reputação da PRF ao criticar o comportamento de colegas policiais que, na prática, fizeram uma câmara de gás para conter um suposto suspeito, o que levou Genivaldo à morte.
Explicitar o fato, discutir a partir dos dados e afirmar que uma polícia num Estado Democrático de Direito não pode e não deve agir assim é comprometer a imagem e reputação da PRF? Deliberadamente provocar a morte de uma pessoa, não é?
Fabrício Rosa é defensor de Direitos Humanos sério, competente, comprometido e muito lúcido em propor que as forças policiais numa democracia estão sujeitas aos princípios constitucionais e, sobretudo, no respeito a dignidade da pessoa humana e seus direitos. Sem isso é violência, extermínio e fascismo.
Assim o MNDH-GO expressar o seu apoio ao Policial Rodoviário Federal Fabrício Rosa e conclama o Comando da PRF e o Ministério da Justiça que cessem o Processo Administrativo Disciplinar por sua ilegalidade e descabimento.
Goiânia, 22 de dezembro de 2023.
Sebastião Donizete de Carvalho
Irene Maria dos Santos
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO MNDH – GO/SEMENTES DE PROTEÇÃO
